segunda-feira, 26 de março de 2007

"Finalmente medicamentos a caminho de Jeta!

Saiu hoje da Casa Grande o material recolhido, no âmbito da campanha "Vamos dar a mão a Jeta", junto de voluntários e amigos deste centro. Simbolicamente estiveram presentes o Dr. Augusto Mendes Pereira (representante da comunidade guineense junto do ACIME), o Dr. M'Bala, assessor de imprensa da Embaixada da República da Guiné Bissau e o Dr. Quintino, assessor da mesma, representantes da AFAIJE, associação sediada na Casa Grande e elementos da nossa equipe.
O equipamento foi entregue com a certeza de que continuaremos a acompanhar e a solidarizarmo-nos com a comunidade de Jeta, tendo o Dr. M'Bala agradecido o apoio dado àquele hospital, verbalizando o interesse com que o seu governo acompanha iniciativas como esta. O material devidamente encaixotado, segue de barco para o porto de Bissau onde à sua espera no dia 20 de Abril, estarão o Sr. Tomé e o Sr. Sorriso representantes do AFAIJE em Portugal, que têm como missão acompanhar o material até à ilha, trazendo-nos em Junho uma reportagem da mesma.

A todos os que ajudaram e tornaram possível esta "2ª campanha de solidariedade com a comunidade de Jeta", um muito obrigado!

terça-feira, 20 de março de 2007

Convívio nacional de Rugby

A Escolinha de Rugby da Galiza esteve mais uma vez empenhada e a participar no convívio organizado pela Associação de Rugby do Sul. O encontro decorreu no Estádio Universitário em Lisboa, dia 10 de Março e muitas equipas estiveram presentes. O nosso clube levou 38 jogadores em diferentes escalões: Bambis (13), Benjamins (13) e Infantis (12) os quais foram acompanhados pelos treinadores Tomás, Bernardo, Francisco, Sérgio, Nuno, Frederico, Duarte e Rui.
Foi um dia muito bem passado, tendo os nossos pequenos atletas demonstrado grande alegria e atitude na forma como se envolveram nos jogos. Esta jornada culminou com a vitória da equipe de seniores de Portugal sobre o Uruguai, dando o nosso País mais um passo para a concretização do “sonho” de participação no próximo mundial de França em 2007.






Vam’lá Galiza!
Vam’lá Portugal!

Apoio aos emigrantes

Entre as 10 e as 18h do passado dia 10 de Março (Sábado) dois técnicos das equipes de terreno do ACIME, o Sérgio e o Ivan, estiveram na Casa Grande numa acção de informação e esclarecimento para os emigrantes que aqui se deslocaram, sobre as leis de legalização e nacionalidade. Apoiaram também esta campanha, o nosso mediador Zé Luís Quintino e a Milú (responsáveis pela distribuição de panfletos na comunidade), a Dra. Susana Monteiro (técnica do DIST da Galiza) e o voluntário Alfredo Nantanpol que estiveram durante a manhã com a equipe do ACIME. Foram atendidas cerca de 39 pessoas, estando a maioria interessada na nova lei da nacionalidade.

Uma Cozinha para todos!

A Cozinha da Casa Grande tem espaço para todos...para os que aqui vêm em formação ou em aprendizagem... e também para os que aqui recebem apoio alimentar.













domingo, 11 de março de 2007

“Ser voluntário é ir ao encontro do que se tem cá dentro” - Christian Andersen

Voluntários na Casa Grande-ATL da Galiza

Engenheiro de formação, foi na engenharia financeira que passou grande parte da sua vida profissional, a gerir empresas como a Águas do Sado, uma das muitas onde deixou a sua marca.


Christian Andersen
, tem uns olhos azuis brilhantes e apesar do nome, de origem dinamarquesa, sempre se sentiu português por inteiro. Porque foi aqui que nasceu, cresceu e ganhou consciência de si. E do profundo azul dos seus olhos vem a convicção das suas escolhas. Nota-se essa afirmação de escolha quando fala do tempo da tropa em que escolheu ser um dos militares de Abril, na juventude do seu lugar de tenente, quando o 25 de Abril eclodiu. Nota-se no olhar convicto quando fala de fé e de dar aos outros. E de quando diz, convicto que “a influência dos pais foi marcante para as suas escolhas”.
Da vida de gestor lembra o stress constante “e a saúde que estava em muito mau estado”. Sublinha os atritos que mantinha com o estado e a falta de visão dos sindicatos “que preferiam aumentos de 5% à formação profissional dos trabalhadores” e suspira, que “sem saber muito bem porquê, era sempre chamado para tomar conta de uma empresa para recuperá-la do mau estado financeiro em que estas se encontravam”.

Christian decidiu pela qualidade de vida. A experiência ganha em décadas de trabalho, permitiu-lhe estabelecer-se agora como consultor “porque assim posso escolher os clientes que quero”. Para além disso, passou a ter mais tempo para si e para os outros e assim “ir ao encontro do que tinha cá dentro”.
Há três anos contactou pela primeira vez com a casa grande e passou a colaborar com o ATL. Como voluntário contribuiu para o projecto de mecenato que deu origem à construção do edifício da Casa Grande.
Uma preocupação social que lhe foi incutida mais uma vez por influência da família, oriunda da alta burguesia, mas atenta aos desequilíbrios de um país pobre. “Inicialmente”, diz Christian, “e mesmo sem consciência política ou social”, sentiu “necessidade de ajudar os outros”. Foi essa experiência inicial na juventude que o “acordou para a miséria que vivia paredes-meias com ele, num dos concelhos mais ricos do país.”
“Não é cómodo ser voluntário. E nem sempre se conseguem ultrapassar os nossos egoísmos comezinhos”, diz e acrescenta irónico “alguns de nós ainda acreditam que fazer o bem serve para ser estimado pelos pobrezinhos” entre alguns que se oferecem como voluntários, mas no balanço da sua experiência nesta área, Christian diz que “recebe mais do que dá” porque “o que se dá vem duma fonte solidária, contra a corrente individualista, quase como se houvesse em nós o instinto de oferecer algo gratuito aos outros”.
Os olhos de Christian brilham quando fala divertido das suas primeiras experiências de trabalho voluntário: “dei aulas de catequese a que ninguém faltava e até ia ganhando alunos, participei numa comissão para a construção de uma nova igreja da paróquia do Estoril, mais recentemente e agora estou aqui a fazer o que posso e o que sei no ATL da Galiza”, mas aquele brilho quase travesso fica mais baço quando diz que nestas coisas do trabalho voluntário “para além daquilo que fazemos na nossa família e aos que estão mais próximos, o resto do panorama é triste” “uma coisa na qual acredito profundamente, é que a nossa felicidade só se alcança quando nos damos aos outros”

Como homem de negócios que esteve à frente de muitas empresas durante tanto tempo Christian acredita que a responsabilidade social das empresas começa a alterar-se: ”o conceito de obra social vai mudando devagar pois ainda é difícil convencer gestores na nossa sociedade mercantilista a intervirem e colaborarem na intervenção social da região em que estão a a operar. Mas já existem iniciativas em que são as próprias empresas a apoiarem e incentivarem os seus trabalhadores ao trabalho voluntário. E se o estado se isenta de uma intervenção social séria, o exemplo pode vir destas empresas, mesmo se não é da sua natureza, a solidariedade, que dar exemplos onde o estado não pontua.”
E se a maior parte de nós não dá por acaso, o facto é que na área do voluntariado, independentemente das razões que levam cada um a oferecer-se, “retiram-se lições de vida nas pequenas ferramentas realistas com que contribuímos com os nossos saberes e capacidades, para que outros possam ser um pouquinho mais felizes, ou para minorarmos a miséria em que se encontram”. E mesmo se a tendência do trabalho voluntário “continua a ter uma marca “sem compromisso”, não perdurando muito - ainda nos custa muito sair do berço de ouro em que vivemos - o facto é que esse pouco que se dá, mesmo pontualmente, tem feito muito e marcado a diferença numa sociedade cada vez mais exclusiva, onde os excluídos são cada vez mais excluídos.
Christian não se considera um exemplo, uma perspectiva comum à grande maioria dos que se prestam ao trabalho social voluntário, mas sublinha com convicção humilde: “uma coisa na qual acredito profundamente, mesmo quando o meu egoísmo, comodismo e outros "ismos" não me deixam ser coerente: é que a nossa felicidade - aquilo que toda a gente tenta atingir - só se alcança quando nos damos aos outros. Não é uma solução cómoda, mas não há nenhuma que consiga ser, ao mesmo tempo, verdadeira e fácil...”EF

Sala de Estudo da Escolinha de Rugby apoia 78 crianças e jovens

A funcionar desde Janeiro, a sala de estudo da Escolinha de Rugby é já uma realidade em pleno para os "atletas" do rugby mas também para outros que não praticam esta modalidade. Ela representa um enorme passo no combate ao insucesso escolar entre as crianças, adolescentes e jovens da comunidade da Galiza. Procurando criar nas nossas crianças o gosto pelo estudo, este projecto surge como uma valência , a par da saúde e do desporto, no projecto maior da Escolinha de Rugby, proporcionando um desenvolvimento físico e psíquico equilibrado a estas crianças. Ciente das dificuldades sentidas pelos estudantes da comunidade e do consequente abandono escolar, a Casa Grande, amplia assim a sua actuação a mais esta questão social. Foram mobilizados pais, pessoas amigas, alunos de escolas do concelho e também através da Bolsa do Voluntariado, para colaborarem neste projecto que dispõe neste momento de 2 professores que dão apoio a alunos do 1º ciclo, reforçados por mais 27 explicadores voluntários, os quais também apoiam adolescentes do 5º ao 11º ano, num total de 78 crianças e jovens. Daniel Alves Monteiro (Coordenador da Sala de Estudo)

sábado, 10 de março de 2007

AGENDA

Casa Grande

Feira de roupa e outros artigos
Quinzenal, ao domingo, das 12h30 às 16h nas instalações do ATL da Galiza

Bolsa de emprego
Animação de um placar diário de informação actualizada sobre ofertas disponíveis de emprego (consulta diária das 9h às 22h).
Apoio à procura de emprego em sites especializados ao sábado das 15h às 16h.

Apoio de enxovais
Inscrição para a atribuição de roupa para crianças recém-nascidas até aos 2 anos, à 2ª, 4ª e 6ª feira das 17h às 18h.

Escolinha de Rugby da Galiza
Horário dos treinos
Quartas das 18.30h-20h - ringue da Associação da Costa do Sol
Sábados: 13h-14.30h - campo de relva sintética do AEC (por trás da Junta de Freguesia do Estoril)

Cursos - Horários e Informações

Formações em línguas
Inglês para iniciados à 2ª e 4º feira, das 19h30m às 20h30m.
Inglês para avançados à 3ª e 5ª feira das 19h30m às 20h30m.
Português para estrangeiros à 2ª e 4ª feira.
Informações e inscrições com Sofia Pimenta


Informática

Aulas individuais ou em grupo, de 2º ao sábado.
Informações e inscrições com Sofia Pimenta

Formação em corte e costura

3ª e 5ª feira das 17h30m às 19h30m e ao sábado das 10h às 12h.
Informações e inscrições com Sofia Pimenta

Ensino básico

Alfabetização de adultos
Curso do 1º ciclo
Informações e inscrições com Sofia Pimenta

Formação para empregada doméstica “Fadinhas do lar”

Inscrição à 3ª feira das 10h às 12h.
Inscrições e informações com Luísa Costa.
NOTA: O curso acontece sempre que estiver reunido o nº necessário de formandas.

Dois anos de parceria com a Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA)


Uma parceria que tem como objectivo proporcionar aos jovens atletas da Casa Grande da Galiza, um atendimento de fisioterapia rápido e de qualidade, quando surgem lesões na sua prática desportiva, bem como proporcionar aos alunos da ESSA um contacto precoce com situações clínicas.


Ao longo destes dois anos de trabalho, foram diagnosticadas em fisioterapia, 45 lesões das quais 5 foram encaminhadas para medicina. As restantes 40 foram objecto de intervenção dos professores e alunos da ESSA que estão envolvidos neste trabalho conjunto. As modalidades mais apoiadas pela fisioterapia foram o futebol, a natação e o rugby, modalidades que envolvem um maior número de praticantes.


Uma experiência com um balanço muito positivo, que se alarga agora à recentemente criada Escolinha de Rugby da Galiza.



Isabel Baptista
(Fisioterapeuta)

sexta-feira, 9 de março de 2007

Fadinhas do Lar

Projecto de formação para mulheres desempregadas

O que são as “fadinhas do Lar”?
São um projecto de formação para raparigas e mulheres desempregadas, que através deste curso tem possibilidade de aprender e qualificar melhor o “saber trabalhar” como empregadas domésticas na casa de alguém.

Porquê um curso?
Pela experiência que temos é cada vez mais importante a qualificação e actualização sobre tudo o que vai aparecendo também no mundo doméstico tal como, os novos electrodomésticos, receitas, etc. Por outro lado, quem precisa de ajuda em casa normalmente não esta lá, logo as nossas formandas precisam de estar preparadas para gerir uma casa que lhes é entregue.

O que é que se aprende?
Aprende-se um pouco de tudo…pôr e servir à mesa, engomar peças tão diferentes como calças, camisas ou lençóis, aspirar, limpar pratas ou vidros, atender um telefone ou tomar conta de um recado, agir em situações de emergência, cozinhar…também abordamos noções de apresentação, formas de comunicar e estar com pessoas, para além de lhes incutir os seus deveres e os seus direitos. O direito a uma remuneração digna e justa; o direito, depois de uma fase de experiência, à segurança social e o direito a ser bem tratada e acolhida.

Porquê o nome de “Fadinhas do Lar”?
Porque é uma forma ternurenta de explicar o que uma boa empregada doméstica pode significar numa casa. Que ao organizar e gerir a casa de alguém pode contribuir para a felicidade e o bem-estar de uma família. Quem não gosta de ter uma casa limpa, arrumada por alguém de confiança? Quem não gosta de ter uma “fadinha” que faça esta magia?


A Casa Grande consegue arranjar trabalho para todas as formandas?
Temos como preocupação e objectivo arranjar-lhes colocação, especialmente porque passámos muitas horas de formação, para além das referências que a Casa Grande tem delas. Depois do curso terminar começa a fase de procurar locais de emprego para as colocar.

As formações vão continuar?

Pensamos que sim. Enquanto houver disponibilidade por parte da Casa Grande para acolher e apoiar a formação de pessoas em situação de desemprego, nós voluntárias, continuaremos disponíveis para colaborar na sua formação. Gosto muito de ajudar e estar ao lado destas raparigas.

Como pode a comunidade alargada ajudar esta iniciativa?
Sinalizando as raparigas ou mulheres que queiram qualificar-se para serviço doméstico e ao mesmo tempo divulgando este projecto, para que as nossas formandas encontrem locais de trabalho. Que bom seria se todas as raparigas que até nós chegam, conseguissem empregar-se…


NR. Ana Salema Garção é uma voluntária da Casa Grande e desde 2006 dedica-se, neste centro, à formação de empregadas domésticas. Foi responsável por 3 cursos e desde Janeiro partilha o projecto das “Fadinhas do lar” com outras voluntárias; a Isabelinha Boullosa (ligada ao ATL há muitos anos na área de formação) e a Luísa Costa na área de divulgação e colocação no mundo do trabalho.

terça-feira, 6 de março de 2007

Viva a Escolinha de Rugby da Galiza!

Num dia de sábado, sem ter nada para fazer e ocupar o meu fim-de-semana, fui convidado para participar nos treinos de rugby que se realizam às quartas-feiras, às seis e meia da tarde, no ringue do ATL da Galiza e aos sábados no campo de relva do EAC.
No meu primeiro treino fiquei contente pois encontrei muitos amigos do meu bairro e gostei muito dos treinadores porque eles são muito fixes. Num dia de treino nós fazemos passes de bola e fazemos também placagens e muitas corridas. Depois do treino fazemos um pequeno jogo entre equipas. Gosto dos dias em que há convívios em Lisboa porque fazemos jogos com outras equipas de fora e porque aprendemos a saber perder e ganhar. Gosto de estar no rugby pelo convívio com os treinadores e a equipa e tenho muito orgulho em ser da Escolinha de Rugby da Galiza.

Jorge Baptista - 8 anos - escalão dos Bambis

sexta-feira, 2 de março de 2007

2ª campanha de apoio à Ilha de Jeta na Guiné

Queridos amigos e voluntários,

É hora de vos pedir ajuda para a 2ª campanha de apoio à Ilha de Jeta na Guiné, de onde são oriundos muitas das criança e familias que frequentam os nossos centros - ATL da Galiza e Casa Grande.
Esta campanha tem como principal objectivo melhorar as condições de saúde dos habitantes de Jeta através do equipamento do único hospital que ali foi construido.
Graças ao apoio da comunidade guiniense residente na Europa (Portugal, Espanha e França) é possível agora ter um enfermeiro e uma parteira a tempo inteiro na Ilha, com um contributo temporário do governo guineense.
Até há pouco tempo o hospital estava desactivado e sem recursos humanos tendo as pessoas que deslocarem-se ao continente em pequenas embarcações.
O ATL da Galiza já fez chegar em Maio de 2005 material escolar, roupas e alguns medicamentos mas, nesta altura, e a pedido da população são necessários mais medicamentos, especialmente para o combate ao paludismo...até porque a época das chuvas começa em Junho.
O nosso objectivo é enviar o material até ao final do mês de Março.
Segue em anexo uma listagem do material necessário, enviada pelo hospital, tendo em atenção que eles devem ser entregues com uma data de validade de pelo menos 1,5 anos.

O material pode ser entregue aqui na Casa Grande em S. João do Estoril, de 2ª a sábado das 9h às 20h ou no caso de serem muitos volumes poderemos ir buscar na nossa carrinha.

Qualquer dúvida ou informação podem utilizar os seguintes contactos:
Casa Grande - Maria Gaivão ou Sofia Pimenta - 21.4671334 ou pelo TM 91.8786926
Mª do Rosario Carmona - 91.7265260
Francelino Correia (AFAIJE -"associação dos filhos e amigos da ilha de jeta" - 96.2967925

Desde já o nosso obrigado por tudo o que puderem organizar e apoiar para a ajuda aos nossos irmãos de Jeta.

Maria Gaivão

NOTA: Para ver a listagem, favor carregar em cima das imagens abaixo