terça-feira, 7 de agosto de 2007

...e o vento continua assoprar da India!

Namasteij carissimos amigos, familiares, colegas, conhecidos e demais!
acabaram de receber a saudação indiana.

Passada já quase uma semana na India, finalmente começámos a entrar no ritmo e no estilo de vida daqui. As ruas de Calcutá já não são aquele mistério e já conhecemos cada vez mais pessoas e pouco a pouco (muuuuuuuuuuuuito pouco a pouco) vamos ficando habituados ao calor.
Conhecemos um português que esta cá, um medico chamado Luis; está sozinho. Já saiu de Portugal há um ano e viajou pelo Congo, Uganda, Ruanda, Etiopia, Indonesia, Nepal, Tibete e agora India! como já conhece bem esta zona, tem sido uma boa ajuda, para não falar da companhia!
Anteontem fomos finalmente ao sitio onde vamos trabalhar, chama-se Daya Dan e é uma casa das Irmãs da Caridade da Madre Teresa. Só tem crianças e a maioria são deficientes fisicas e as que não são, não falam nada ou tem perturbações mentais porque foram abandonadas nas ruas ou eram abusadas pelas familias ...
Chegamos todos os dias às 8h e comecamos por limpar e mudar as camas enquanto as crianças tomam banho com ajuda das irmãs. Depois os mais deficientes fazem um género de fisioterapia com os voluntarios com o objectivo de os ajudar a "desempenar" as articulações e ganharem alguma mobilidade porque eles passam o dia todo na mesma posição e quando se querem mexer quase que não o conseguem.Segue-se uma aula de musica com alguns miudos em que eu e o Rodrigo vamos substituir dois espanhois que partem esta quarta e somos nós que vamos ser os professores de musica!!! para aqueles que não acreditavam, eu sempre disse que cantava bem!!!
Por volta das 11h damos o almoço, levamo-los à casa de banho e às 12h dormem a sesta que é também a hora em que os voluntarios saiem do centro.
O trabalho não é nada exigente fisicamente, com excepção do calor, e tem sempre uma motivação extra porque são crianças e dá para brincar com algumas; vê-se que ficam contentes e que nos vão reconhecendo cada vez mais. O principal problema é com as crianças deficientes que não falam e é quase impossivel perceber o que elas sentem, se estão contentes ou tristes, se querem alguma coisa ... é complicado e faz alguma confusão!....
Um grande abraço e beijinho
Tomás

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