quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Bonito!



Hoje foi dia de colocarmos a faixa do aniversário do ATL da Galiza.
Ela ficará até ao final de Dezembro como testemunho para todos os que aqui estão...
que aqui nos vêm visitar...
ou que por aqui passam...
que “já lá vão 25 anos…”

Cuidamos do ambiente...



Com a ajuda, ideias e mão-de-obra do Jorge apoiado pelo Sr.Domingos foram tratados e embelezados os canteiros exteriores da Casa Grande.



É um espaço muito agradável para todos os que por aqui passam.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

" Eu andei no ATL da Galiza "


" Sou o Miguel e tenho 25 anos...estou a acabar o curso de design/comunicação em Belas Artes...vim para o ATL quando tinha sete anos e por aqui fiquei até aos doze... daqui guardo a imagem de que esta casa era uma extensão/espaço de diversão da escola primária...quando passei para a escola preparatória senti que o ATL era uma família para mim...saí daqui aos doze anos porque a minha mãe achou que eu devia ir conhecer outros espaços, outros ambientes...penso que se por aqui tivesse ficado, talvez não evoluísse, ficaria como alguns...o ATL foi uma passagem de crescimento na minha vida
...da equipa a pessoa que se lembra sempre de mim é o Ti’António...reconhece-me sempre que me vê...

...o que recordo mais fortemente é o tempo de natal porque aqui no ATL vivia-se de uma forma alegre para todos...eu sempre tive uma família com quem partilhei o natal mas lembro-me que na altura havia miúdos muito sozinhos ou tristes (o caso do meu grande amigo Tino e da sua irmã Siza que na altura perderam a mãe)...para eles e para todos o natal do ATL era bonito e alegre...havia cânticos, havia alegria...lembro-me ainda que a Siza me disse que gostava que a minha mãe ficasse mãe dela...Vou vendo o Tino e o Amílcar de vez em quando!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Parabéns...

...ao grupo dos Golfinhos que hoje foi almoçar ao Macdonalds em Cascais.
Na carrinha guiada pelo Tomás lá foram eles com a sua monitora Cristina.
Foi um almoço especial que já estava prometido há muito tempo.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

E já lá vão 16 anos...

...quando aqui no ATL da Galiza construimos um rancho a sério, com músicos, cantadores e dançarinos.
Foi o tempo de sairmos para a rua em Lisboa ou cascais, foi o tempo de actuarmos em escolas, paróquias, etc.
Este vídeo de 1992 mostra imagens de uma saída que fizemos para o centro Comunitário da Parede onde o nosso grupo participou no festival da canção infantil e a seguir o rancho actuou.
A maioria dos miúdos que aqui aparecem são hoje pais e mães de famílias, com projectos de vida consolidados.
Como curiosidade a " menina do bombo " é a Sandra, a nossa actual monitora e o menino que aparece a dizer adeus no balcão é o nosso Zé Luís, monitor/mediador e secretário da Escolinha de Rugby da Galiza.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Novo serviço de apoio á comunidade!

Começou em Janeiro na Casa Grande o projecto "Viver a idade".
Tem como primeiro objectivo apoiar pessoas idosas a controlarem semanalmente os diabetes e a tensão arterial.


Este projecto acontece como apoio do " Entrajuda " e do laboratório A. Menarini.

É dinamizado por um grupo de voluntários sendo a responsável a Enfª Maria do Carmo Cabral apoiada pela estagiária de serviço social Matilde Mello Breyner.



Os folhetos de divulgação foram distribuídos porta-a-porta na zona da Galiza e S. João do Estoril,no centro de Convívio da ADCS, no gabinete do DIST Galiza e no Centro Social Nª Senhora de Fátima.
Este projecto surge após uma formação em Novembro de 2007, dinamizada pelo Entrajuda em colaboração com o laboratório e com a Associação Portuguesa da Diabetes e onde a nossa estagiária Matilde esteve presente em nome da Casa Grande.
As pessoas aparecem à 3ª feira entre as 16h e as 17h30m, começando a criar o hábito semanal de controle de tensão arterial e da diabetes.



A Enfª Maria do Carmo aproveita o espaço de medição e registo para numa conversa individualizada, falar e esclarecer aspectos importantes para uma vida mais saudável e de qualidade.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Costumes que se foram conhecendo ao longo da vida...

...e da relação que o ATL da Galiza mantém com a comunidade cigana.
E já lá vão 25 anos!



- " desde sempre a fogueira é um factor de união da família cigana e mesmo vivendo em andares qualquer pessoa que passe hoje pelo bairro em noites muito frias, poderá ver nas esquinas uma ou outra fogueira acesa, rodeada de pequenos grupos. Dizem eles que os “estilhaços” do lume indicam que algures no mundo existe uma família em briga."



- " o sapo e a cegonha são animais que dão azar ao povo cigano. Quando se vê um sapo, logo alguém diz :”ai! hoje na feira filho, não me vou estrear”
Alguém da comunidade confidenciou que sabe que em alguns sítios de Portugal “os pajos que se inteiram do nosso medo, põem sapos de loiça ou barro por todos os lados da mercearia ou do café, para nos afastarem, eles sabem bem que nós não vamos lá entrar."”




NOTA - Testemunho dado pelo Zé Luís, um homem cigano de 31 anos, casado, pai de 3 filhos, com a mulher à espera de gémeos. O Zé Luís é o nosso mediador e acumula ainda as funções de secretário da Escolinha de Rugby da Galiza



Dicionário - "pajo" é um individuo da raça não cigana

Em 1989 vivia-se assim no Fim do Mundo!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Há 25 anos atrás aconteceu!

Durante o mês de Março de 1983 a Sra. Director da Escola Primária da Galiza – D. Cândida Leite Silva –

recorreu ao Núcleo Territorial de Cascais da Segurança Social ( na altura coordenado pela Dra. Teresa Abrantes)

para apresentar os graves problemas que se verificavam na escola mencionada:
1. Violência
2. Dificuldades graves de aprendizagem
Analisados, sumariamente, os problemas, constatou-se que não seria apenas, o Núcleo de Cascais da Segurança Social, a poder apresentar uma resposta mas também, todas as entidades ligadas directamente ou indirectamente aos domínios Educacional, Económico e Social, pelo que contactámos o Centro de Saúde, a Câmara Municipal de Cascais e a Misericórdia de Cascais (na pessoa da Dra. Isabel Migueis).

Realizou-se a primeira reunião em Maio de 1983. Estiveram presentes o Conselho Escolar, representantes do Centro regional da Segurança Social de Lisboa, Centro de Saúde, Câmara Municipal e delegação escolar.
Cada um dos serviços, reflectiu sobre as questões expostas e sobre as possíveis causas. Acordou-se que seriam apresentadas pelos intervenientes propostas de resolução.
Ainda em Maio, foi analisado o documento elaborado pelo Conselho escolar e realizou-se uma reunião com a Comissão de Pais com os quais foram estabelecidas prioridades das respostas a dar. Nesta reunião foi também sugerida a hipótese de utilizar a escolha velha da Galiza, como espaço em que se pudessem realizar actividades, as quais, sem dúvida, possibilitariam uma canalização de energias que até ao momento se manifestavam em comportamentos anti-sociais.
Como conclusão da reflexão realizada, foi opinião unânime de que a curto prazo, o mais premente e o mais viável seria a organização de:
1. Criação de Actividades dos Tempos Livres na Escolha Velha da Galiza ( O NOSSO ATL DA GALIZA )
2. Criação de dois espaços na escola Nova da Galiza – apoio às refeições e apoio aos alunos com deficiências de aprendizagem

Relativamente ao primeiro ponto citado anteriormente, o Núcleo Territorial de Cascais da Segurança Social foi encarregado da sua organização, desencadeando todos os mecanismos necessários, e para o efeito decorreram as seguintes etapas:
- Insistência na desactivação da “escola velha”, junto da Direcção Escolar de Lisboa, Sub-Director Carvalheira.
- Negociação com a Santa Casa da Misericórdia de Cascais, com a finalidade de esta fosse o suporte Jurídico das actividades de tempos Livres, em colaboração com o CRSS de Lisboa, através do Núcleo de Cascais…….

(informação retirada de um relatório da Segurança Social em 1983 e cuja cópia faz parte do arquivo histórico da nossa casa)

Nota - O ATL da Galiza estará sempre agradecido a estas TRÊS GRANDES SENHORAS, pela possibilidade de termos nascido.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Histórias de vida nos 25 anos do ATL da Galiza!


" Sou a Yolanda Sacupima.
Neste momento estou a viver em Londres, estou no 2º ano da faculdade no curso de economia e marketing.
Em 1988 viemos de Angola para Portugal e ficamos a viver no Fim-do-Mundo. Os meus pais inscreveram-nos na escola e no ATL da Galiza (a Adriana, o Artur, a Sissi e eu).
No ATL fiquei seis anos e guardo boas recordações desta casa...são difíceis de esquecer até porque fazem parte da minha infância. Foi um tempo excepcional. Depois da escola vínhamos para o ATL onde brincávamos, fazíamos os trabalhos de casa, fazíamos actividades em grupo, jogos e também fazíamos teatro. Uma das actividades mais recentes foi quando ensaiámos a peça do “ Soldadinho de Chumbo” onde eu era o “coelho” no grupo dos bonecos da Suzete. Infelizmente nessa altura tive que ir para Inglaterra e não cheguei a estrear-me, fiquei só pelos ensaios.
Sei e ouvi dizer em Londres que o teatro correu muito bem e que as pessoas viram e gostaram muito. Esta peça deu muito nome ao ATL porque foi uma peça muito falada.
Lembro-me também de outro acontecimento passado com o ATL, onde eu fui conhecer o escritor angolano chamado Óscar Ribas. Já nessa altura ele era cego. Deu-me dois beijinhos e fez-me uma festinha na cara e isso marcou-me muito.
Durante o tempo que passei no ATL aconteceram pequenas divergências com outros miúdos visto que éramos de culturas diferentes, mas os monitores sempre nos fizeram sentir muito amados e importantes, por isso, todas as divergências foram superadas.
Fui sempre uma criança feliz, não houve grandes problemas no nosso lar.
Consegui ir sempre superando os problemas.
Eu tinha 9 anos quando fui viver com a minha família para a Inglaterra, estava numa fase para me adaptar bem à mudança de ambiente. Tive algumas dificuldades com a língua porque nunca tinha estudado inglês e também nunca tinha visto tantas pessoas de tantos diferentes países. Nos primeiros meses na escola foi um pouco difícil, mas depois tudo correu bem. Hoje eu e os meus irmãos estamos integrados em Inglaterra. É uma sociedade que dá muitas oportunidades e faz a pessoa sentir que pode concretizar aquilo que verdadeiramente quer. Os meus irmãos também estão bem e por isso somos felizes.
A Adriana é enfermeira, o Artur tirou o curso de gestão e finanças e trabalha na área de administração e gestão de casas. A Sissi é tradutora de inglês para o português e os meus irmãos mais novos - o Andrew e a Jennifer que já nasceram lá, estão na escola primária.
Pensamos ficar em Inglaterra apesar do apreço que temos por Portugal. Anualmente vamos a Portugal de férias, para matar saudades. Fazemos questão de ir sempre ao ATL porque sentimos que uma parte de nós está aqui.
Temos a dupla nacionalidade (luso-angolana) com excepção dos meus irmãos mais novos que são apenas portugueses.
A minha maneira de ser pode ter muito a ver com a cultura portuguesa, mas creio que é com a cultura inglesa que eu mais me identifico.
No fundo a minha adolescência e a minha juventude foram na Inglaterra; os meus amigos quer portugueses quer ingleses já me disseram que eu tenho mesmo o senso de humor inglês; em comparação o meu irmão Artur sabe falar perfeitamente a língua inglesa mas eles acham que eu sou mais inglesa do que ele; talvez isto tenha a ver por eu ter ido para lá mais nova do que os outros meus irmãos. Fiz lá a primária e a secundária toda. Sou feliz. "


Nota - Este testemunho foi dado pela Yolanda quando nos visitou no verão de 2004.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Bodas de prata do ATL da Galiza!


Durante todo o ano de 2008 vamos festejar os 25 anos de vida da nossa casa.
Com as sugestões de muitos amigos, voluntários e antigos alunos unidos às ideias e projectos da equipa , da nossa Instituição , das famílias e parçeiros vamos concretizar ao longo deste ano uma série de iniciativas e actividades das quais iremos dando noticias e para as quais todos estão desde já convidados.

VIVA O ATL DA GALIZA!
VIVA A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE CASCAIS!
VIVA A COMUNIDADE!
VIVA A VIDA!